29 de novembro de 2011

Síndrome do Ninho Vazio!



Por formação ouvi muitas vezes e sabia teoricamente o siginificado desta expressão. Verifico agora que estando a vivê-lo me parece bem mais preciso do que em teoria!
De tanto ouvir falar dele tentei preparar-me para o embate mas , tem dias, como se costuma dizer. Hoje o dia está verdadeiramente outonal. Escuro e com um alto grau de humidade relativa no ar. Por analogia, a minha alma hoje está também outonal, pardacenta e sem alento.
Bateu-me a porta o contador da água.-9h da manhã! Destemido homem! Não tinha outras portas para bater antes da minha? De mau humor lá lhe dei uns reticentes Bons Dias.
Volto ao meu ninho, vazio mas ainda morno e espero que a manhã passe. Pode ser que a neblina dê lugar a uma nesga de sol.
9,30h. Por insistência dos dois relógios de parede que competem entre si , um com sonoras badaladas e outro 30 segundos depois com uma maviosa música austríaca, lembrando-me que há mais vida para além do ninho, levanto-me e aí vou eu, começar a labuta de mais um dia. A energia está uns níveis abaixo do desejado. Por onde devo começar para recarregar? Talvez uns acordes de cavaquinho que bem precisam de ser treinados! Ou então trautear aquela bonita canção de Roberto Carlos, obrigado Senhor por mais um dia.....

22 de novembro de 2011

ROSAS de INVERNO!



Hoje ao abrir a minha janela virada a nascente, fui saudada de imediato por 2 lindas rosas côr de fogo que se agitavam com a ligeira brisa quase gelada ,mas parecendo quererem dizer-me que apesar deste dia invernoso de outono ali estavam para me dar um pouco de alegria e côr.
Hà 2 dias atràs verificando que os jardineiros tinham a terra mexida e as roseiras podadas, pensei: Não tarda nada temos aí lindas rosas!
Provávelmente deu-se comunicação entre mim e as viçosas roseiras. Como lhes fico grata!

21 de novembro de 2011

O MEU AVENTAL MULTIFUNÇÕES!

Vou para a cozinha e ponho o meu avental. Começo as tarefas do fogão, da loiça ,da mesa.
Toca o telefone e com o meu avental colocado, vou ouvindo uma amiga angustiada e ansiosa por alguém que a saiba e consiga ouvir.
Dou-lhe algumas respostas (poucas) de consolo e esperança, e volto ao refogado. Acrescento o arroz e reduzo o lume. Enquanto cose, venho ao computador procurar notícias das crianças e/ou de alguma amiga, ou dar uma espreitadela aos jornais.Ups! O arroz está quase a esturrar! Lá vou eu e o meu avental, a descer escadas á pressa. Cuidado! Acalma-te, ainda cais! Falo para mim própria.Toca a porta e pergunto quem é. Esqueço-me que tenho colocado o meu avental e abro a porta ao carteiro. Assino os registos.
E agora? São horas de almoçar e não vem ninguém! Lembro-me entretanto que é dia de semana.
Estou só. Posso almoçar. Acompanham-me as notícias da tv e o meu passarinho a competir com a o seu estridente chilrear.
Ainda com o meu avental, vou comendo, ouvindo as notícias, pensando o que estarão a almoçar as minhas crianças que( já são grandes, mas sempre penso que possam não ter almoço) e em mui...tas outras que sendo pequenas nem terão nada para comer! Levanto-me, arrumo o prato e dou um geito à bancada da cozinha.
Finalmente, depois de toda estas actividades matinais, retiro o meu avental. Saio e vou para as minhas actividades lúdicas ou tratar de assuntos exteriores . Final da tarde, regresso a casa. Volto a colocar o meu avental multifunções e finalmente janto acompanhada. A minha muito valiosa companhia de já muitos anos! Minutos depois o meu avental volta ao seu cabide. Amanhã o dia promete não ser muito diferente.! Não muito longe vão os dias em que tudo era muito mais agitado, o almoço era comido em pé, tarde e a más horas, o passarinho chilreava sózinho, em casa . Pelo que tenho, pelo que vivi, DEUS SEJA LOUVADO!

18 de novembro de 2011

A Natureza Zangada!



Hoje tive medo, muito medo, a sério. Ou, melhor dizendo, respeito! Senti-me insiginificante, minúscula, apanhada pela violenta trovoada que caíu cerca das 17,30 h . Lembrei-me da oração que se fazia quando eu era criança e vivia no campo.
A minha mãe e outras mulheres mais velhas rezavam, logo que o relâmpago entrava pela casa dentro:
Santa Bárbara bendita, que no Céu está escrita.....e dei por mim a dizer alto e repetidamente esta pequena oração . Contar o tempo entre o relâmpago e o trovão para calcular a distância,nem pensar, estava quase petrificada!
Se há coisa com que não se brinca, é com a natureza mal disposta!

10 de novembro de 2011

RELEMBRANDO O GRANDE A ALEIXO

COM TANTO VÍGARO MANDANDO
EM GENTE DE INTELIGÊNCIA
Às VEZES FICO PENSANDO
QUE A VIGARICE É UMA CIÊNCIA!

6 de novembro de 2011

Os nossos Filhos!



Os filhos crescem na proporção directa das nossas preocupações com os mesmos.
Não os ter, deixa-nos uma sensação de estarmos incompletos, não termos um prolongamento, nas sucessivas gerações. Quem não tem filhos , não terá, netos, bisnetos e até trinetos. Não terá Nora, nem Genro .Terá concerteza um circulo familiar muito restrito, o seu sangue não correrá por outras veias e artérias.
Não terá noites mal-dormidas pelas mais variadas razões.Não sentirá tantas vezes o coração muito ,muito apertadinho e e taquicárdico pela ansiedade da espera . Espera que melhore da otite, espera que baixe a febre, espera que chegue da discoteca! Meu Deus! Tanta angústia!
Mas, tudo isto é tão ínfimo, quando sentimos a alegria de o sentir agarrado à nossa saia a tagarelar muita coisa imperceptível mas dizer claro e com todas as letras mãe, pai, e quando os intrusos saem, ver um alívio na sua carinha a acenar-nos Xau!