Haja saúde e Sol!
Obrigada Sr: Deus da natureza! Hoje na minha janela bate o sol desde o meio dia. Obrigada Deus do Sol.! A minha amiga ameixeira está radiante. Já me bateu várias vezes com uns raminhos carregadinhos de lindas flores, nos vidros, como que a dizer: olha como estou bela! E o aroma que deixa no ar? Não fica atràs da sra: Tília, muito mais ramuda e robusta, cujas florinhas em cacho, gostam mais da frescura das noites de junho/ julho., ou do sr: jasmim,que ocupa uma posição mais estratégica no jardim e fica mais afastado da ameixeira e da minha janela. A nós só nos chega,o seu aroma, quando o vento vem do sul ou sueste e o empurra.
Não fora as duas casuarinas que ocupam o canto mais largo do jardim e que tal como duas torres gemeas nos abafam o som, mas ao mesmo tempo nos escondem o pôr do sol, tudo neste espaço seria bem mais harmonioso do nascer do Sol ao anoitecer.
Será que alguém acha graça a estas casuarinas feias , altas e escuras? Nem os alegres passarinhos, grandes ou pequenos, pois as suas agulhas escorregadias nem para eles poisarem servem! dizem-me: tudo na natureza tem a sua utilidade e eu penso: algumas árvores, muito pouca! RAIOS!
28 de fevereiro de 2014
27 de fevereiro de 2014
PAI.
Palavra
pequena
Doce e
serena,
Enorme
significado,
Tem forma de
coração,
Aroma de
rebuçado.
É muito
alto,
Quando nos
põe às cavalitas,
Medo das
alturas!
Mas não
choramos,
Logo as suas
mãos,
Seguras,
encerram,
As nossas
mãozitas.
Leva-nos à escola,
E vai
embora.
E agora?
Voltará?
Medo outra
vez,
Mas à hora
da saída,
De sorriso
aberto,
Ele lá está.
Passou algum
tempo,
O Pai
orgulhoso,
Leva a filha
ao altar,
Espera agora
os netos,
E os seus
olhos expectantes,
Voltarão a
brilhar,
E mais tempo
depois,
O pai grande
e forte,
Envelheceu,
Ficou
doente,
Outra vez o
medo!
Seguro agora
eu,
A Sua frágil
mão,
Afago-lhe o
rosto,
E guardo-o
para SEMPRE,
No meu
coração!
Fevereiro de
2014
Fátima Dias
13 de fevereiro de 2014
9 de fevereiro de 2014
Boas notícias!
Oh, flores do meu jardim! Como eu vos esperava há tanto tempo!
Há vários dias que o melro ,o mais alegre cantador, observador e "atrevido"passarinho do meu jardim, me vinha presenteando cada dia mais cedo com os seus melodiosos trinados, como que a dizer-me: anima-te! Estão quase a despontar as florinhas da árvore da tua janela!
Até os passarinhos andam baralhados com este tempo! (dizia de mim para mim). Semanas a fio, procurando abrigo desta chuva persistente, aguardando pelo sol que parece ter cortado relações com esta pobre zona geográfica e não há maneira de o conseguir convencer a voltar, ventos desorientados e raivosos soprando em todas as direcções e chocalhando com fúria os ramos onde os minúsculos passarinhos preparam a sua cama, será que foi desta vez que nos tiraram também a Primavera? (cheguei eu a pensar)!Mas, o melro cantador amigo tinha razão! O mar pode andar revolto, o sol desaparecido, as chuvas fora do tempo, mas ainda há primavera. As florinhas brancas da minha vizinha ameixeira, saudaram-me hoje ao acordar. São dez ou doze, mas dentro de dias a bonita árvore ficará coberta, para gáudio das abelhas, borboletas, e pequeníssimos insectos que as irão povoar.
Por mim , fico feliz. É a primavera de volta por muito que digam que não.
Obrigada melrinho por me ires anunciando as novidades!
Oh, flores do meu jardim! Como eu vos esperava há tanto tempo!
Há vários dias que o melro ,o mais alegre cantador, observador e "atrevido"passarinho do meu jardim, me vinha presenteando cada dia mais cedo com os seus melodiosos trinados, como que a dizer-me: anima-te! Estão quase a despontar as florinhas da árvore da tua janela!
Até os passarinhos andam baralhados com este tempo! (dizia de mim para mim). Semanas a fio, procurando abrigo desta chuva persistente, aguardando pelo sol que parece ter cortado relações com esta pobre zona geográfica e não há maneira de o conseguir convencer a voltar, ventos desorientados e raivosos soprando em todas as direcções e chocalhando com fúria os ramos onde os minúsculos passarinhos preparam a sua cama, será que foi desta vez que nos tiraram também a Primavera? (cheguei eu a pensar)!Mas, o melro cantador amigo tinha razão! O mar pode andar revolto, o sol desaparecido, as chuvas fora do tempo, mas ainda há primavera. As florinhas brancas da minha vizinha ameixeira, saudaram-me hoje ao acordar. São dez ou doze, mas dentro de dias a bonita árvore ficará coberta, para gáudio das abelhas, borboletas, e pequeníssimos insectos que as irão povoar.
Por mim , fico feliz. É a primavera de volta por muito que digam que não.
Obrigada melrinho por me ires anunciando as novidades!
7 de fevereiro de 2014
“Viagens na
minha Terra”
Rumo ao Sul,
terra Mãe!
8,20h- Saída da grande cidade. Horizonte negro, pelo meio ,
a ocidente, surge uma faixa curvilínea de Arco Íris.
Deslizando pelo cinzento e húmido alcatrão, avisto paisagem de ambos os lados
com pequenas flores brancas espreitando os envergonhados raios de sol.
Mais adiante logo após uma larga e pouco pronunciada curva,
espelham-se à nossa frente , os graciosos meandros do rio sado com os seus
arrozais pontuados aqui e ali por gaivotas e garças, aquecendo-se ao sol, e procurando alimento.
Estamos já atravessando a serra brava e vamos descendo para
o barrocal, onde nos esperam largos e extensos laranjais com o seu
brilhante verde escuro ao sol. Minutos
depois,as alegres, brancas e radiantes amendoeiras, autênticas noivas de longos
e farfalhudos véus por quem eu já
“suspirava “ há umas semanas! Daqui por poucas semanas, estas lindas flores
darão lugar aos seus frutos, de casca verde clara, aveludada e ovalada—as
saborosas e nutritivas amêndoas!
Agora, os barros vermelhos do Barrocal, vão sendo
substituídos por finos areais , alternando com mais uns kilómetros de
perfumados laranjais, salpicados por uma ou outra mimosa já adiantada a abrir
as suas flores amarelas de odôr adocicado. Cerro agora os olhos para descansar
um pouco enquanto correm de ambos os lados os grandes placards que anunciam importantes superfícies comerciais e os seus inúmeros e
“apelativos descontos”, fruto do desenvolvimento ?!! .Dou comigo a pensar nas inúmeras vantagens do antigo comércio
local.
Entretanto, o intenso cheiro a maresia, e a entrada numa rua
apertada da cidade antiga, “ acorda-me”e na minha frente espraiam-se canais e
rias de um azul intenso que se ajoelham, “ beijando”os pés da branca e
pacata cidade de Faro. A viagem
prossegue, e vou entretando apreciando as lindas platibandas que ornamentam as fachadas das casas que em boa hora ainda não
deram lugar a incaracterísticos e desilegantes blocos habitacionais de ferro e cimento. O sol aberto
inunda os quintais de bonitos alegretes e aquece os gatos que bocejam e se
espreguiçam ao Sol.
Mais uns quantos kilómetros de
paisagens coloridas e quentes, alternadas de verde e azul , e despeço-me por hoje deste percurso
de 4 horas que me encheu a alma e espero
ansiosamente pelo próximo.
Hortas, 30 de Janeiro de 2014
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